Nova Trindade (Parte 2)

Vamos a segunda parte da lista que eu fiz com candidatos a nova santíssima trindade de escritores de quadrinhos. Hoje, mais um trio, agora formado só de britânicos. Vamos a eles.

2º trio: Garth Ennis, Grant Morrison e Warren Ellis
Garth Ennis
Começando pelo maluco do Garth Ennis. Esse irlandês de 39 anos anos começou sua carereira em 1989 escrevendo hitórias para a revista 2000 AD. Logo o cara tava escrevendo o carro chefe da série: Juiz Dreed. Com esse seu trabalho ele chamou atenção da DC Comics, que tinha acabado de estruturar o selo Vertigo. Então eles ofereçaram o título chefe do selo, Hellblazer. Ele aceitou e transformou o título em best-seller em questão de meses. Após isso, ele ganhou carta branca pra criar um título dentro do selo. E ele criou simplesmete Preacher. Sua melhor série, ganhadorade vários prêmios. O cara ganhou status dentro da editora e começo a lançar mini-série atras de mini-série, tendo como seu forte histórias de guerra, sua paixão.
Ele foi convidado por Marc Silvestri para assumir o título The Darkness, da Top Cow. Com ele, a revista alcançou um bom nº de vendas e agradou fãs e crítica.
Depois de mais alguns trabalhos pra Vertigo e Top Cow, além de outras editoras menores, Ennis assinou contrato de exclusividade com a Marvel. E ninguém tinha dúvidas de qual série eles escreveria: Justiceiro. Ele ficou nada mais nada menos que 7 anos a frente do título. Escreveu a primeira mini do personagem em 12 partes e depois os 33 números da série mensal pelo selo Marvel Knights. Depois disso a revista migrou pro selo Max, onde ele escreveu mais de 50 números. Sem contar os especias e minis do personagem.
Na Marvel ele foi um dos idealizadores do selo Max, onde além da série do Juticeiro, escreveu A mini Thor - Vikings, Fury - Nascido para Matar e Fury - O Pacificador. Outros trabalhos de Ennis na Marvel: Spider-Man Tangled Web, Hulk Smash, Ghost Rider entre outros.
Seus outros trabalhos: Goddess (Vertigo), Hitman (DC), War (Vertigo), The Boys (Dynamite), Crime e Castigo (Vertigo) e etc.

Grant Morrison
Mais escocês na lista. Mais um careca. Grant Morrison de 49 anos, talvez seja o escritor que mais se aproxima do estilo narrativo de Alan Moore. Psicodelia, muita pesquisa e ótimas tramas. Suas histórias mostram um enorme conteúdo de informações. Por muitas vezes as pessoas acham que o cara viajou muito pra escrever, pois suas histórias são carregadas de influências, fatos, teorias malucas e muita cultura pop. Ele começou sua carreira em 1977, escrevendo de maneira esporádica para várias editoras, inclusive para a Marvel Britânica. Mas sua carreira só deslanchou de vez 10 anos depois, quando ele lançou a série Zenith, ao lado do desenhista Steve Yeowell. A série foi lançada pelo selo da revista 2000 AD e alçou o nome do escritor as alturas. Ainda no final dos anos 80, a DC ofereceu a ele uma revista fadada ao cancelamento, Homem-Animal. Ele aceitou e transformou a série numa obra-prima. Sendo cultuada pelos fãs e aclamada pela crítica especializada. Ainda antes dos anos 90, ele escreveu pra DC uma de suas maiores obras: Batman - Asilo Arkham, ao lado do artista Dave McKean (capista de Sandman). Além do sucesso, Morrison começou a ser conhecido como um grande escritor. Os anos 90 foram muito bons pra Morrison. Ele mergulhou de cabeça no selo Vertigo. Criou a série Os Invisíveis. Considerada por muitos como uma das melhores séries de todos os tempos, a revista ganhou prêmios e durou 59 edições. Além disso ele lançou séries como a Patrulha do Destino, Sebastian 0, Como Matar seu Namorado, Kid Eternity entre outros. Nos anos 90 ele assinou com a DC e roteirizou durante mais de 3 anos a revista da Liga da Justiça. Ele também escreveu alguns números da revista do Flash e criou e roteirizou o evento DC Um Milhão. Morrison fez um grande amigo que é o desenhista Frank Quitely. Nos anos 2000, ele escreveu a mini LJA: Terra 2, que foi seu último trabalho pra DC. Em 2001 ele assinou contrato de exclusividade com a Marvel. Ele escreveu a mini Marvel Boy para o selo Marvel Knights. Depois disso assumiu a revista Novos X-Men e deu uma nova visão além de um novo visual para os mutantes. Essas suas histórias são consideradas as melhores que os X-Men já tiveram desde a época de Chris Claremont e John Byrne. Na Marvel ele ainda escreveu a mini Quarteto Fantástico 1234 e uma história curta de Nick Fury. De volta ao selo Vertigo ele escreveu as minis Filth, Seaguy e a premiada WE3. Na DC ele escreveu a série 7 Soldados da Vitória, no ano de 2005. No ano seguinte escreve aquela que é considerada por muitos a melhor história do Superman de todos os tempos, a All Star Superman, ao lado de Frank Quitely. Com essa série ele ganhou diversos prêmios. A partir daí ele assumiu de vez o centro das atenções no universo DC, sendo responsável pela série Crise Final e pelos roteiros da série do Batman. Em 2010 ele assumirá a série da Mulher Maravilha, além de continuar a frente de Batman Uma curiosidade: Em 2006, ele foi escolhido por milhares de fãs de quadrinhos, mediante uma votação, como o 2º melhor escritor de quadrinhos, atrás apenas de Alan Moore e a frente de Neil Gaiman e Frank Miller.
Outra curiosidade é que ele vai ganhar ano que vem um documentário sobre sua carreira. Mais uma semelhança com o mestre Alan Moore, que também tem um documentário.

Warren Ellis
O britânico Warren Ellis é um sujeito estranho. Seja pelos seus modos, ou por suas histórias. Ele é estranho. Aos 41 anos ele conseguiu escrever mais bizarrices que qualquer outro. Como vários outros britânicos, sua carreira começou na revista 2000 AD. Aos poucos ele foi mostrando seu estilo e chamando atenção de muita gente. Depois de alguns trabalhos pequenos para a DC ele chegou a Marvel. Ajudou a criar o universo 2099, escrevendo a revista Doom 2099. Após isso, assumiu a revista do grupo mutante Excalibur, dando um novo folego a série. Ele escreveu algumas outras histórias pra editora, mas acabou debandando e indo pra Vertigo, onde ganhou mais liberdade criativa.
Uma de suas maiores criações, Transmetropolitan, saiu pela Vertigo. Ele então ja tinha um grande nome e ganhará diversos prêmios. Ele ainda escreveu alguns arcos de Hellblazer e outras minis pro selo adulto. Pra Wildstorm ele criou Frequência Global e 2 das melhores séries dos anos 90: The Authority e Planetary. Ambas as séries foram revolucionárias e mostravam ótimas histórias, além de personagens inovadores. E foi com Planetary que o escritor atingiu o patamar de super escritor.
Recentemente ele voltou a Marvel, e entre outros projetos, assumiu a série dos Thunderbolts e dos Surpreendentes X-Men, substituindo Joss Whedon, que escrevera as últimas 24 edições.
Outras séries dele que foram inovadoras: Estranho Beijo e Azul Profundo (Avatar), Desolation Jones, Rec, Stormwatch e DV8 (Wildstorm) e várias mini-séries pela linha Ultimate da Marvel.

Antes do ano novo, a 3ª e última parte de nossa lista. Até lá.