segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Omnibus e Absolute

Pra quem acha edições como Terra X ou Watchmen, o máximo em luxo e número de páginas, eu lhes apresento as super edições de luxo Omnibus e Absolute.
Como você bem deve saber(se não souber, eu explico agora), as editoras americanas sempre publicam encadernados reunindo arcos das séries mensais. Isso é uma prática comum lá. E vende muito bem, pois o público desse tipo de edição é diferente de quem compra todo mês a revista nas bancas. Praticamente todas as revistas mensais e sagas, tanto da Marvel quanto da DC, possuem encadernados reunindo um arco, ou uma saga inteira. Pra ilustrar melhor, foi o que a Panini fez no especial Wolverine: Inimigo do Estado. Ou seja, reuniu numa edição só, as 12 edições que Mark Millar e John Romitta Jr fizeram a frente do personagem. E essas histórias já haviam sido publicadas na revista mensal do baixinho. Isso já foi feito com outros personagens como por exemplo Batman: Silêncio; Superman - Pelo Amanhã; Batman - Cidade Castigada entre outros.
Mas la nos EUA isso sai de todas as maneiras possíveis: em capa dura, capa cartonada, capa mole, folha de jornal, folha de revista. Enfim.
Foi então que um editor da Marvel teve uma idéia de ao invés de lançar um arco, ou um ano de histórias num único encadernado, ele pensou: ``porque não um encadernado com 30...até 36 histórias num único volume?´´ Foi então que surgiu o Omnibus, que é o nome que a editora deu pra especificar o tamanho do bicho. E não é pouca coisa. Geralmente as edições variam de 600 até 1.100 páginas (que foi o caso do Omnibus do Justiceiro, na fase Marvel Knights, do Garth Ennis). Essas edições custam em média U$$99,00, mas pode-se achar promoções nos mais diversos lugares.
Como já disse um poeta, nada se cria, tudo se copia. Então a DC, é claro, resolveu criar sua linha de mega-encadernados e colocou o nome Absolute neles. A estrutura era mesma. Edições com mais de 600 páginas e super luxosas.
Esses encadernados viraram febre e são lançados quase um por mês. A fase de Chris Claremont e John Byrne a frente dos X-Men por exemplo, saiu num calhamaço de 850 páginas. Enquanto a Panini não lança o volume 2 dos Supremos, lá o Omnibus reúne os dois primeiros volumes numa edição de quase 900 páginas. Há um que está esgotado, e que a Marvel já prometeu reeimpressão, que é o Omnibus do Homem-Aranha, com a fase Stan Lee e Steve Ditko. Nada mais nada menos que 1.040 páginas. Um sonho de qualquer colecionador.
Depois de um tempo a DC começou a utilizar o nome Omnibus também. A morte do Superman saiu lá com esse nome, numa edição de quase 800 páginas. Aqui a edição foi dividida em duas. A série Absolute consegue ser ainda mais luxuosa que os Omnibus. Sandman, Watchmen, Promethea entre outros personagens ganharam Absolutes.
Apesar de bonito e luxuoso (todas as edições tem um papel de alta gramatura e capa dura, e as vezes até capa de couro), um especial desses é totalmente inviável aqui no Brasil. Digo isso pois, muita gente na internet anda pedindo que a Panini lance uma edição dessas aqui. Mas é muito mais rentável pra editora dividir a edição, do que colocar nas bancas e livrarias um tijolo desses. Uma edição de 1.000 páginas ia custar mais de R$250 seguramente.
Mas se você manja ler inglês e tenha perto de 100 reais pra desembolsar, você acha no site amazon.com essas edições com promoções muito bacanas. Com o preço e o frete, você paga em torno de R$100,00 mesmo.
A Image recentemente inaugurou sua série de super encadernados, com as edições Compendium. A primeira série a ganhar um foi Os Mortos Vivos(publicado aqui no Brasil pela HQM). A edição tem nada mais nada menos que 1.088 páginas, reunindo da 1ª até a 48ª edição. E o melhor, com um precinho camarada de 38 dólares. Um belo presente de ano-novo(nem que seja pra você mesmo). O próximo personagem a ganhar um Compendium será Spawn, numa edição de mais de 1.200 páginas.
O lançamento mais recente nesse formato foi o volume 2 do Demolidor de Brian Michale Bendis e Alex Maleev. A edição com 656 páginas, fecha toda a passagem dos dois a frente do personagem. O volume 1 teve 848 páginas, mas já se encontra esgotado.
Quem sabe um dia edições como essa sejam publicadas aqui no Brasil (ou a gente se muda pros Estados Unidos).

2 comentários:

Ranulfo disse...

Na minha opinião, edições encadernadas devem ter um limite de páginas... não deveriam ultrapassar 250. Digo isso porque eu, particularmente, gosto, na maioria das vezes, de ler deitado, e eu apoio livros e gibis no peito (acho que todo mundo que lê deitado faz isso). Então, edições muito volumosas arrebentam com os ossos peitorais! Parece frescura, mas é verdade! Por isso, acho que a Panini faz certinho - os encadernados de "Os supremos" e de "Watchmen", por exemplo, estão na medida certa. É assim que tem que ser, na minha opinião

Felipe Caetano disse...

é, porque esses encadernados de tão grandes, tem que ser lidos em cima de uma mesa... rsrs