Depois de um tempo sem atualização, a coluna Lembra desse volta pra mostrar uma série que fez alvorosso na época de seu lançamento. Estou falando do Superalmanaque Marvel.
O final do anos 80 se aproximavam e a editora abril já era a maior editora até então a publicar revistas em quadrinhos. Conhecida por fazer bons lançamentos e trazr matériais mais undergrounds, a editora sempre buscava se renovar. Foi então que em meados de 1989, o então editor das revistas de heróis da Marvel Sérgio Figueiredo, teve a idéia de lançar uma revista com características nunca vistas. Uma revista gigante. Para tanto, chamou o novato editor Sadika Osmann para ajudá-lo nessa missão. Foi quase um ano de preparo e pesquisas para que o mix da revista ficasse perfeito. Mas ainda não se sabia em qual sentido a palavra gigante ia ser empregada na revista. Foi então que Figueiredo chegou com a idéia de um almanaque de 260 páginas, portanto, um superalmanaque. Estava batizada a nova série.
2 meses antes do lançamento da revista, a Abril começou a fazer uma propaganda nas revistas de série. E em dezembro de 89 chegava as bancas o 1º número de Superalmanaque Marvel. A revista foi considerada um avanço em termos editoriais, pois reunir tantas histórias num volume só era algo incomum na época. E o mix foi matador. Homem-Aranha, Thor, Quarteto Fantástico, X-Men e Rom (que na épcoa estava na moda). A revista vendeu muito bem e é claro, um número 2 era inevitável. Mas uma revista desse tamanho, não se faz da noite pro dia. Começou-se então o preparo para a 2ª edição. E ela seria especial: 12 histórias apenas do Homem-Aranha, todas inéditas, trazendo o desenrolar da saga com o Duende Macabro. Emcabeçada por Tom deFalco e David Michelinie, essa é considerada umas das melhores épocas do personagem. Os desenhos em sua maioria, eram feitos por Ron Frenz. O álbum foi lançado exatamente um ano depois do 1º, e tinha as mesmas 260 páginas. Mais um sucesso de vendas.
O 3º volume demorou menos pra sair. Em julho de 1991, saia a nova edição da série, com 260 páginas e histórias inéditas. E uma peculiaridade, essa edição só tinha histórias retiradas de anuais. Vingadores, Vingadores da Costa Oeste, Homem de Ferro, X-Factor, Novos Mutantes e X-Men figuravam as páginas da revistas com seus anuais. Curiosidade: a capa dessa edição foi feita por jim Lee.
O nº 4 saiu ainda em 1991, em novembro e tinha 240 páginas. Nessa edição apenas 2 persoagens: Homem de Ferro e Thor. Mas as histórias apresentadas nesse volume eram das melhores fases desses personagens. Thor com a fase de Walt Simonson e Sal Buscema e o vingador dourado com histórias feitas por David Michelinie e Bob Layton. Apenas a nata das histórias.
No nº 5, lançado em janeiro de 1992, a revista volta a ter 260 páginas e foca apenas nos X-Men. Com a fase escrita por Louise Simonson e desenhada por Walt Simonson, além das histórias de Chris Claremont e Marc Silvestri. Novamente, a revista apresenta ótimas histórias. Sem dúvida um ótimo custo-benefício.
A 6ª edição traz novamente um mix composto apenas por anuais. Justiceiro, Homem Aranha, X-Factor, Novos Mutantes, Surfista Prateado e Quarteto Fantástico figuraram nas páginas da revista. E pela primeira vez a revista não fica tão super assim e cai das habituais 260 páginas para 196. Mas ainda assim, boas histórias, mostrando os heróis enfrentando o Alto Evolucionário.
A revista foi lançada em julho de 1992.
O nº 7 saiu no mês seguinte e trazia a continuação da guerra contra o Alto Evolucionário. Novamente um mix composto só por anuais e novamente uma edição de 196 páginas. Nesse ponto, apesar de ser uma boa opção por conter boas histórias, a série perdera a força que tinha nocomeço.
Depois de 11 meses, em julho de 1993 sai a oitava edição, contendo a primeira parte da saga Ataques Atlantes, que reuinia vários personagens da Marvel e novamente apenas em edições anuais. A revista novamente diminui o número de páginas e fica com 160. O título de superalmanaque quase não se encaixa.
No mês seguinte chega as bancas o 9º número trazendo a conclusão dos Ataques Atlantes. boas histórias escritas em sua maioria por Roy Thomas, Gerry Conway e John Byrne. Mas a fama da revista já não era tanta.
Mais 11 meses se passam, e muitos achavam que a Abril não lançaria mais nenhum exemplar da série. Mas em julho de 1994 chegou as bancas Superalmanaque Marvel 10, com apenas 132 páginas. A diminuição de páginas se deu pelo simples motivo de que a série não conseguiria mais se segurar com tantas páginas. Com a mudança de moeda no Brasil e com o recente problema de inflação, revistas como as Graphics, as mini-séries de luxo e o próprio Superalmanaque Marvel, perderam a força. Nessa edição a saga do Fator Terminus, escrita por Roy Thomas e Dann Thomas.
Já na era real, em novembro de 1994, a Abril lança a edição derradeira da série. O número 11 trazia um mix bem fraco. A edição também possuia 132 páginas e marcou o fim de uma era, a dos superalmanaques. Porque depois a Abril lançou um da DC, além de superalmanaques de outros heróis.
Durante 5 anos a série dominou o mercado de especiais, sendo a revista mais bacana que era lançada nas bancas, algo que os fãs esperavam anciosamente. Talvez hoje em dia um almanaque desses não daria certo, mas certamente deixa saudades.
Você pode adquirir alguma dessas edições pelo site da loja Nona Arte.
Loja Nona Arte
Nenhum comentário:
Postar um comentário