É a dúvida de todo mundo que acompanha a conturbada cronologia do selo adulto da DC Comics.
Agora que a Panini parece ter um plano de lançamentos mais organizado, a pergunta que fica é se a editora vai conseguri cumprir tudo que prometeu?? Ou se vai deixar nós, pobre mortais, na mão?
O selo Vertigo é conhecido por suas histórias mais adultas e com um teor mais alto de complexidade. Na sua grande maioria, as histórias do selo são muito boas. Títulos como Sandman, Hellblazer, Monstro do Pântano, Invisíveis, Transmetropolitan, Preacher, Homem Animal e muitos outros, fizeram a fama da Vertigo.
O selo surgiu na metade dos anos 80, sem querer. Em 1984, na edição 20 da série do Monstro do Pântano, aconteceu a estréia de um desconhecido nos roteiros da série: Alan Moore. Ele elevou o status da série e transformou num best-seller. Percebendo o teor das histórias do personagem, o editor da série sugeriu aos chefões da DC que fosse criado um selo separado da editora, onde seriam publicadas histórias mais adultas. A idéia foi ganhando corpo até o lançamento da série Sandman. Daí pra frente, uma avalanche de títulos começaram a ser publicados pela Vertigo.
No Brasil, o sucesso do selo logo alcançou as bancas e em 1989 a editora Globo (que na época era grande concorrente da Abril), lançou a série Sandman. E eles completaram a série em 1996, após o lançamento da derradeira edição, a 75ª. Eles lançaram alguns arcos encadernados.
Depois disso, a Brainstore começou a relançar a série mais ou menos no mesmo formato da Globo. mas a editora acabou fechando, devido a problemas autorais, e parou a publicação da série no nº 26, em Novembro de 2003.
Depois dos lindos álbuns da Conrad e do tiro no escuro da Pixel, a Panini promete lançar a série em albuns de luxo, com mais de 600 páginas ao total. Sem preço definido, a coleção terá 4 volumes, já incluindo o da Morte.
Mas é Preacher quem mais sofreu aqui no Brasil. Sendo iniciado e reiniciado dezenas de vezes, a Panini lançou essa semana um volume novo, continuando da onde a editora Pixel havia parado, que por sua vez, tinha lançado encadernados continuando da onde a Devir tinha parado.
Outro com a cronologia confusa é Hellblazer. Além de ter suas histórias publicadas na Revista Vertigo, o personagem já ganhou um encadernado e segundo a editora vem mais por aí. Tudo isso pra arrumar a bagunçada continuidade do personagem.
A editora também deu continuidade a série Fábulas, lançado o 4º volume. Y, o Último Homem também teve sua série reiniciada, pela terceira vez no Brasil. A Ópera Graphica lançou os dois primeiros arcos em encadernados de luxo, que hoje estão encalhados nas lojas. Depois a Pixel lançou o 1º arco novamente, só que dentro da série Pixel Magazine. Agora, em encadernados mais simples, a Panini já lançou o 1º arco e já anunciou o 2º.
100 Balas também tem uma história um tanto quanto confusa. A Ópera Graphica foi quem lançou a série primeiro, em 2001. A série durou até o nº36, quando a editora resolveu continuar em encadernados de capa dura. Eles lançaram um cobrindo da edição 37 até a 42. Depois mais um, indo da edição 43 até a 49. Eles então começaram a relançar a série nesse formato, mas não conseguiram terminar e perderam os direitos de publicação. A Pixel assumiu e relançou a série do começo, mas foi só até a edição 15. A Panini lançou essa semana também, um encadernado continuando da onde a Pixel parou.
A editora lançou a série ZDM, que já havia sido publicado parcialmente pela Pixel e agora retorna em encadernados de capa dura para livrarias.
Além disso tudo, a editora prometeu lançamentos como Transmetropolitan para livrarias; Os Perdedores, que já havia ganhado um álbum pela Ópera, mas agora chega num formato mais acessível, desde o começo. Além de outras séries que estrearam na série mensal Vertigo, que esse mês lança sua 5ª edição.
Ficamos na espera por materiais como Os Invisíveis, Monstro do Pântano entre outros, e é claro, que a Panini siga por muito tempo publicando Vertigo.
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